Ventura minha ter você

ainda escondida meu medo era não te ver

agora vivida meu medo é me esquecer

saiba que seus sonhos são minhas ordens
e seu sorriso meu único mandamento.

E pelos caminhos tortuosos da vida vou colecionando desilusões, talvez por esperar muito, talvez por não entender que o meu muito seja diferente do muito dos outros ou talvez porque a vida seja assim mesmo, erros e erros, onde dois erros não fazem um acerto mas saciam a vingança.
E quanto a aprender com os próprios erros, a única coisa que sei é que cada vez erro de uma maneira diferente, nunca o mesmo erro então nunca posso evitá-lo. Mas é errando que se acerta e eu já estou cansado de acertar no errado. Quero uma vida sem múltipla escolhas, sem bifurcações nebulosas. Quero o caminho simples e fácil para poder relaxar e ver a paisagem...

Já tive milhares de amigos, dentre esses ainda me restaram alguns
Já tive centenas de amigos, dentre esses ainda me restaram alguns
Já tive dezenas de amigos, dentre esses ainda me restou um.
Amigo palhaço, amigo compadre, amigo teimoso...
Amigo artista, amigo dedicado, amigo admirado...
Amigo protetor, amigo que conforta a alma...
Amigo irmão.

Nossas medidas desafinam
seu abundante é minguado pra mim
e para que pintar com franqueza
o que é deveras sabido ...

Nos passos trocados vou me embrenhando sem volta e depois do sossego mais uma vida crusis. Talvez não me seja dada a opção que mais apetece no agora frio e seco do espelho, a facílima opção da fuga. Escapar por não mais tolerar os sentimentos confusos, a falta deles , ou até mesmo a intensidade absurda dos mesmos. Naufragar nas esperanças pela falta do sonhar.

De volta a prancheta, as linhas imperfeitas , ao leve sabor da vontade
Sem os encargos do juízo coletivo mas com a prudência do espírito
Nos equívocos do imperfeito sigo nômade e errático
Na incrível e triste história de nós dois.